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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Encontro


Estranhas coisas matam, machucam. O caminho não é único muitos levam aos mesmo lugares. Não existe certo nem errado dentro do mal. Não existem palavras que descrevem a fé como verdadeiramente é.


Sentado num banco de uma pequena praça em alguma cidade perdida quase no oeste italiano, ele contempla a pequena imagem em suas mãos. Ele procura entender o que ele faz ali, já que as respostas nunca vem. Tenta deixar mais do que simples momentos passados estragarem sua vida e sua jornada. Ele morreu uma vez naquela mesma cidade. Paralítico, a vida acabou como começou, sem esperança. Ele vive mais uma chance, nascida longe dali. Ele nasceu perfeito, mas lutou para não voltar a sua crucificação. Venceu e hoje está vitorioso. Poderia estar de pé, mas contempla o céu quase inteiro azul.

São 3:14 da tarde, ele olha para o relógio. Ele não espera ninguém. Não veio procurar mais nada. Ele veio completar seu ciclo, algo que não era preciso em sua vida, mas ele está ali. Ele anda em direção fixa, apenas desviando dos carros e sabendo onde ir.

Ele para em frente a um pequeno cemitério. Entra e começa a procurar. Olha atentamente cada nome. Ele está a procura daquele que foi seu um dia. Ele se encontra. Ali, debaixo dele, está a antiga morada se sua alma. Um corpo que sofreu, coisas que talvez só no fim do mundo ele vá saber. Uma lágrima rola ao imaginar o sofrimento passado. Nós não sabemos, mas ele foi a fundo. E agora dois corpos separados por 7 palmos e décadas passadas... Ele venceu. Ele quitou suas dívidas com o mundo. Mesmo que estiver diante de uma mentira, que ele realmente seja a primeira e única morada, não importa. O homem que ele pensa e crê ser ele está com seus pecados pagos. Sua cruz já foi carregada. Se ele for ele será um passo a mais. Se ele for único, será uma alma livre para o paraíso.

Isso é tudo que importa para um homem cheio de fé.

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